Cristo, nossa Páscoa!
Reflexão de 1 Coríntios 5, 6-8: Leia em sua Bíblia ou a seguir:
6 Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?7 Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.8 Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade.
O apóstolo Paulo, ao escrever à igreja de Corinto, utiliza a metáfora do fermento para ensinar sobre a pureza da igreja e a necessidade de nossa santificação.
1. O perigo do "fermento" (v.6)
Paulo adverte que "um pouco de fermento leveda toda a massa". Na cultura judaica, o fermento muitas vezes simbolizava o pecado ou a corrupção. Aqui, a ideia é que mesmo um pequeno pecado tolerado dentro da igreja pode afetar toda a comunidade. No contexto imediato, Paulo trata da necessidade de disciplina eclesiástica (1Co 5,1-5), pois um pecado grave estava sendo aceito passivamente pela igreja. Isso nos ensina sobre a importância da pureza da igreja e da necessidade de correção fraterna.
2. "Lançai fora o velho fermento" (v.7)
Paulo chamou a comunidade de Corinto (e a nós hoje) a remover(mos) o "fermento" do pecado, para que sejam(os) "nova massa". Ele reforça a nossa identidade como povo santo, separado por Deus. Isso se alinha com a doutrina da santificação: uma vez regenerados por Cristo, devemos viver de acordo com nossa nova natureza.
Além disso, o apóstolo faz referência direta à Páscoa judaica, na qual os israelitas deveriam remover todo fermento de suas casas (Êx 12,15). Ele aponta que Cristo é o verdadeiro "Cordeiro pascal", cujo sacrifício nos purifica completamente. Essa verdade destaca a suficiência da obra de Cristo: somos salvos exclusivamente pela graça de Deus, por meio do sacrifício perfeito de Jesus.
3. A verdadeira celebração (v.8)
Paulo ensina que devemos celebrar "com os asmos da sinceridade e da verdade". Ou seja, a verdadeira vida cristã não é marcada pela hipocrisia ou pelo pecado deliberado, mas por um compromisso genuíno com Deus. Essa "festa" simboliza uma vida transformada, em que se vive, agora, em obediência e gratidão a Deus, como resposta ao Evangelho.
Conclusão
Este trecho reforça a necessidade de uma igreja pura, comprometida com a verdade e afastada do pecado. Ele nos lembra que Cristo é nosso Cordeiro pascal, e, por isso, devemos viver em santidade, não para sermos salvos, mas porque já fomos salvos. Assim, a igreja deve cultivar uma vida de sinceridade e verdade, refletindo a obra de Cristo em nós.
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